PRE-8 Rádio Nacional do Rio de Janeiro

PRE-8 Rádio Nacional do Rio de Janeiro

Por Patrícia Rodrigues

12 de setembro de 1936. O 22º andar do Edifício A Noite, o primeiro arranha-céu da América do Sul, na Praça Mauá, estava em festa. Às 21 horas, após as primeiras notas da música Luar do Sertão de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco, ao som de vibrafone tocado por Luciano Perrone, ouviu-se a saudação do locutor Celso Guimarães: “Alô, Alô, Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!”

A Orquestra do Theatro Municipal executou o Hino Nacional Brasileiro. O então presidente do Senado Sr. Medeiros Neto, discursou em nome do Presidente da República Getúlio Vargas: “Aqui se levanta mais uma voz pela paz e pela defesa de todos os que souberem, nesta hora terrível para a humanidade, compreender que ela é mais uma garantia de que na nossa pátria, a liberdade terá sempre um culto. A estação que neste momento se inaugura nasce sob a proteção de uma empresa que em todos os tempos tem sido arauto das grandes aspirações do povo – A Noite. Está inaugurada a grande estação da Sociedade Rádio Nacional”.

Naquela mesma noite, a primeira transmissão externa, irradiou, diretamente do Palácio São Joaquim, na Glória, as palavras do Cardeal Dom Sebastião Leme: “Assim, abençoe Deus esta poderosa rádio emissora, para que no céu da pátria saia a espargir sementes de paz, amor, fraternidade, que, desabrochando em alegria cristã, fecundem a vida e o trabalho de todos os lares brasileiros”.

Entre os presentes estavam o Ministro da Educação Gustavo Capanema; o Presidente da Câmara Municipal, Ernani Cardoso. o diretor do Departamento de Publicidade do Ministério da Justiça, Lourival Fontes; o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Hebert Moses, além dos embaixadores da França, Portugal e Japão, acadêmicos e figuras importantes da sociedade carioca.

Após algumas palavras do diretor da emissora, Cauby de Araújo, o locutor Oduvaldo Cozzi abriu a programação anunciando as primeiras atrações da noite. A Orquestra do Theatro Municipal executou a protofonia de O Guarany, de Carlos Gomes. Em seguida, a apresentação das cantoras Bidú Sayão e Maria de Sá Earp, dos cantores Giuseppe Danise, Bruno Landi e Aurélio Marcato e dos pianistas Mario Azevedo e Dyla Josetti. Na segunda parte do programa lírico, apresentaram-se os sopranos Dolly Enor e Gilda Farnese e o tenor Pasquale Gambardella.

Os integrantes da nova emissora foram apresentados ao público por Celso Guimarães. Entre eles, artistas populares que já vinham atuando com sucesso nas emissoras concorrentes: as cantoras Marília Baptista, Sônia de Carvalho e Aracy de Almeida, os cantores Nuno Roland e Orlando Silva, o violonista Pereira Filho e o saxofonista Luiz Americano; a locutora Ismênia dos Santos e o professor de ginástica Osvaldo Diniz Magalhães.

Marcando desde o início a característica da abrangência nacional de todas as expressões musicais, estavam presentes a cantora de tangos Amália Diaz, a intérprete de canções francesas Roxane, os intérpretes de músicas norte-americanas Ben Whigt e Bob Lazy, o fadista Joaquim Pimentel e as cantoras de músicas folclóricas Elisinha Coelho e Sylvinha Mello.

A Grande Orquestra de Concertos da Rádio Nacional encerrou a programação com Rhapsody in Blue, de George Gershwin, sob a regência do maestro Romeu Ghipsman, com Radamés Ganattali ao Piano.

 

CHUVA DE PRÊMIOS

Durante o dia, um avião decorado como um cometa sobrevoou todos os bairros do Rio de Janeiro anunciando a inauguração da nova emissora de rádio e atirando folhetos de propaganda, alguns com frases que davam direito a prêmios em dinheiro. O primeiro a comparecer a emissora para receber o prêmio foi o comerciário Gastão Guimarães, que trocou o folheto por uma nota de 50 mil réis.

O maior prêmio ficou com Arthur Carvalho Laguna, empregado da Leiteria Victória, na Penha. Ele compareceu aos estúdios da Nacional na segunda-feira, 14 de setembro, para receber o prêmio: a cédula n° 037468 de 500 mil réis. O testemunho de Laguna foi transmitido:

O prospecto caiu-me nas mãos no momento precisamente em que saltava de um ônibus em frente a minha casa. (…) Ah! Foram 500 mil réis! Um ótimo presente de aniversário que me fez a Sociedade Rádio Nacional pois completo anos amanhã e vou ter oportunidade de ter um dia excelente.

 

PRIMEIRAS TRANSMISSÕES

No domingo, 13 de setembro, foi inaugurado o departamento esportivo da PRE-8. Oduvaldo Cozzi realizou a primeira transmissão esportiva da Rádio Nacional: o jogo Flamengo e Fluminense, diretamente do estádio do Fluminense. Ao mesmo tempo deu as notícias sobre o andamento do jogo Vasco e São Cristóvão e também de provas de atletismo e motociclismo que aconteciam no mesmo dia.

Oduvaldo Cozzi durante a transmissão da Corrida da Primavera, em Petrópolis, no dia 20 de setembro de 1936.

Oduvaldo Cozzi, que havia iniciado a carreira como locutor (ou speaker como se dizia na época) em São Paulo, já era famoso no Rio de Janeiro. Era um dos melhores speakers esportivos. Uma das transmissões que impressionou o público e o meio radiofônico foi a irradiação do Circuito da Gávea, através da PRE-3 Rádio Transmissora, considerada a mais perfeita reportagem que já se havia feito de uma prova automobilística. Por isso, Oduvaldo Cozzi foi um dos primeiros contratados para fazer parte do cast da Rádio Nacional.

Na segunda-feira, a programação teve início às 6h15 da manhã, com “Aulas de ginástica musicadas”, com o professor Osvaldo Diniz Magalhães.

Na terça-feira, 15 de setembro, Ismênia dos Santos, apresentou o primeiro programa infantil da emissora: o “Programa dos Garotos”, e no dia seguinte o programa feminino “Hora das damas”.

Osvaldo Diniz Magalhães durante uma de suas aulas de ginástica musicadas, acompanhado ao piano por Jorge Paiva

No início, a maior parte da programação era musical. À noite, além de música, algumas crônicas de Genolino Amado. Encerrando a programação, “Panorama”, com comentários sobre os principais acontecimentos do dia.

Aos poucos a emissora foi conquistando os ouvintes com novas atrações, como os programas “Mapa-mundi”, que apresentava músicas, costumes, histórias e curiosidades de todo o mundo, e “A noite dos morros”, no qual as escolas de samba faziam uma demonstração de como seria o carnaval, com grandes coros, conjuntos de corda e sopro, além das baterias.

 

A MAIOR EMISSORA DO BRASIL

A Rádio Nacional iniciou suas transmissões com o objetivo de se tornar a maior emissora do país. Quando foi inaugurada, contava com grandes nomes do rádio e da música, que atuavam com sucesso nas emissoras concorrentes. Além disso, contava com a cobertura do Jornal A Noite e das revistas A Noite Ilustrada e Carioca. Tudo isso contribuiu para o crescimento da emissora. Em pouco tempo, a Nacional começou a disputar a preferência dos ouvintes.

Em oito de março de 1940, a Nacional ganhou nova força. O Presidente Getúlio Vargas, com o decreto-lei nº 2.073, criou as Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União e encampou as empresas do Grupo “A Noite”, que até então pertenciam à Companhia Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, incluindo a Rádio Nacional. Assim, a emissora da Praça Mauá passou à administração do poder público.

Para o cargo de Superintendente foi nomeado o coronel Luís Carlos da Costa Neto. A direção da Rádio Nacional ficou a cargo do jornalista Gilberto de Andrade. Entre as medidas adotadas pela nova diretoria estavam a instalação de um setor de estatística para medir a popularidade dos programas e uma política financeira que permitisse sustentar a emissora através de recursos arrecadados com publicidade. Assim, a emissora pode investir na melhoria dos estúdios e na contratação do melhor elenco de radioatores, músicos, cantores e locutores.

Em abril de 1942, foi iniciada uma nova fase. A Nacional passou a ter um dos melhores estúdios, um grande auditório, com 486 lugares, e os mais modernos equipamentos de transmissão radiofônica da época. Em novembro do mesmo ano, os transmissores foram transferidos de Realengo para o bairro de Parada de Lucas, melhorando a qualidade das transmissões. No mês seguinte, foi inaugurado o transmissor de ondas curtas RCA Victor de 50kw e cinco sistemas de antenas direcionais para transmissão para todo o território brasileiro e para América do Norte, África do Sul e Europa.

Assim, na década de 40, a PRE-8 atingiu o objetivo de se tornar a maior emissora do Brasil. Em seu cast, figuravam os mais renomados cantores, locutores, radioatores e músicos. Contava com grandes orquestras e alguns dos principais maestros: Lírio Panicalli, Radamés Gnatalli, Leo Peracchi, Chiquinho, Romeu Ghipsman e Carioca, entre outros. Além disso, transmitia ao público todo o glamour do mundo artístico, que seduzia e mantinha a fidelidade dos ouvintes. Pertencer ao cast da Rádio Nacional era o sonho de todo artista e garantia de sucesso.

 

UMA PROGRAMAÇÃO QUE MARCOU ÉPOCA

Os grandes nomes da Música Popular Brasileira pertenciam ao cast da Rádio Nacional: Emilinha Borba, Marlene, Angela Maria, Orlando Silva, Sylvio Caldas, Dalva de Oliveira, as irmãs Linda e Dircinha Batista, Carmélia Alves, Ademilde Fonseca, Luiz Gonzaga, Dolores Duran, entre outros. Eram os grandes ídolos populares. Alguns deles tiveram seus próprios programas ou horários exclusivos nos grandes programas. Um dos quadros de maior audiência foi o do cantor Francisco Alves, no Programa Luís Vassalo.

Os programas de auditório eram muito disputados. Os ouvintes formavam longas filas na calçada do Edifício A Noite para conseguir um lugar. Aos sábados ia ao ar o Programa César de Alencar. Uma das grandes atrações era a cantora Emilinha Borba, presença constante e estrela principal do programa. Às quintas-feiras, era a vez do Programa Manoel Barcelos, marcado pela presença da cantora Marlene, e aos domingos, era apresentado o Programa Paulo Gracindo.

Muitos outros programas tiveram destaque na Rádio Nacional: os programas de calouros “Papel Carbono” e “A Hora do Pato”, os musicais “Um milhão de melodias”, “Quando canta o Brasil”, “Cancioneiro Leite de Rosas”, “Calendário Kolynos”, “A felicidade bate a sua porta”, “Nada além de dois minutos”, “Gente que brilha”, “Alma do sertão”, “Alvorada Sertaneja” e “Horário dos Cartazes”.

Em janeiro de 1943, estreou um dos programas musicais mais famosos da Nacional: “Um milhão de melodias”. Criado por José Mauro e Haroldo Barbosa, era animado por uma orquestra tipicamente brasileira, formada por trinta e cinco músicos, sob a regência de Radaméns Gnattali. O programa era patrocinado pela Coca-cola. Entre as grandes atrações do programa estavam Emilinha Borba, Trio de Ouro (Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas), Trio melodia (Paulo Tapajós, Nuno Roland e Albertinho Fortuna), As Três Marias (conjunto formado por Marília Batista, Bidú Reis e Regina Célia), entre outros.

 

O SUCESSO DO RÁDIO-TEATRO

Em agosto de 1937, a Rádio Nacional inaugurou o “Teatro em Casa”, que apresentava aos ouvintes peças de teatro adaptadas para o rádio.

As radionovelas e dramatizações levadas ar pela Nacional marcaram época. Em cinco de junho de 1941, às 10h30 da manhã, foi ao ar a primeira história seriada da emissora: a novela “Em busca da felicidade”, do escritor cubano Leandro Blanco, adaptada por Gilberto Martins. O elenco contava com Ismênia dos Santos, Zezé Fonseca, Yara Sales, Rodolfo Mayer, Ísis de Oliveira, Floriano Faissal, Saint Clair Lopes e Brandão Filho, entre outros. Patrocinada pela Colgate-Palmolive, a novela virou febre em todo o Brasil e foi considerada o maior êxito radiofônico do ano.

O sucesso levou os patrocinadores a criar uma promoção: os ouvintes que enviassem uma carta para a emissora com uma embalagem do creme dental Colgate receberiam um álbum com um resumo da novela e fotografias do elenco. Só no primeiro mês chegaram mais de 48 mil cartas. O álbum logo esgotou e a promoção teve de ser encerrada.

Floriano Faissal interpretava o Dr. Mendonça. Certa vez recebeu a visita de uma ouvinte que veio de longe para uma consulta com o personagem.

Com o êxito de Em busca da felicidade, as radionovelas conquistaram um espaço cada vez maior na programação. Outros folhetins cubanos foram adaptados e a emissora passou a contar também com os novelistas Amaral Gurgel, autor de Penumbra, primeira novela a ir ao ar às 20 horas, horário nobre da emissora; Oduvaldo Viana, autor de Renúncia, e Giuseppe Ghiaroni, autor de Mãe. Entre 1943 e 1955, a Rádio Nacional transmitiu 861 novelas.

Esse trabalho de equipe transformou o núcleo de rádio-teatro da Nacional em modelo para o Brasil. Em 1951, foi ao ar o folhetim de maior sucesso da emissora: O direito de nascer, de Felix Cagnet. A obra, traduzida e adaptada por Eurico Silva, parava o Brasil na hora em que ia ao ar. Foi o maior fenômeno de audiência. Fizeram parte do elenco: Nélio Pinheiro, Paulo Gracindo, Talita de Miranda, Dulce Martins, Yara Sales, Isis de Oliveira, Mario Lago, Tina Vita, Roberto Faissal, Domício Costa, entre outros.

Assim como aconteceu durante a transmissão de Em busca da felicidade, o elenco de O Direito de Nascer recebeu muitas cartas de ouvintes, como esta recebida por Paulo Gracindo, intérprete do personagem Alberto Limonta, publicada no Jornal das Moças, em outubro de 1951:

Pelotas, 5 de setembro de 1951
Sr. Alberto Limonta
A muito tempo estou escutando sua história no Rádio. Como sei escrever pouco, pedi a um amigo para escrever a máquina para o senhor. Eu tenho ficado muito aborrecida, porque também sou uma preta velha, mas o que a Maria Dolores está fazendo não parece cousa de uma boa mulher, desculpe se ofendo ela que até em certo ponto tem sido boa para o Senhor. Ela não quer contar, pois eu lhe conto, o seu pai é o sem-vergonha do Alfredo Martins, sua mãe é Dona Maria Helena, filha do Don Rafael e Dona Conceição, seu Jorge Luis e o Don Pepe mesmo tudo não lhe deveria contar, mas a Maria Dolores está errada, ela sabe de tudo. Faça com que ela lhe conte tudo. O Senhor é moço, quase doutor, tem um futuro muito bonito. Não deve se preocupar com as amarguras da vida. Tenha paciência. Quando o Senhor souber de tudo seja calmo. Não deve mais olhar para Julinha que embora sendo uma moça de coração bom é muito chegada para a Sociedade, eu também tenho um filho como o Senhor, é branco, só que não tem estudo como o senhor, é empregado numa loja em Rio Grande. É muito bom para mim, me manda dinheiro sempre e escreve também para a verdadeira mãe dele. O pai eu disse que era um almofadinha, granfino, que se aproveitou da ignorância da moça. Não fique bravo comigo seu Albertinho, tenho certeza que o senhor não vai mostrar esta carta para a Maria |Dolores. Aceite um abraço do fundo do coração da sua amiga, bem longe, daqui desta cidade. M.L.S

Além dos atores, atrizes e narradores, as novelas da Nacional eram marcadas pela perfeita atuação dos sonoplastas. Eles eram os responsáveis pela contextualização dos diálogos estimulando a imaginação dos ouvintes, que criavam o ambiente onde se passava a história e as características do comportamento de cada personagem.

O 22º andar do Edifício de A Noite passou a ser ocupado pelo radioteatro. No local foi construído um estúdio e uma casinha com alguns recursos utilizados pela sonoplastia  para a produção de efeitos sonoros.
Esse trabalho de equipe transformou o núcleo de radio-teatro da Nacional em modelo para o Brasil. Em 1951, foi ao ar o folhetim de maior sucesso da emissora: O direito de nascer, de Felix Cagnet.

Outro ponto forte da emissora foram os programas humorísticos. Grandes autores e atores faziam os quadros e programas. Entre os mais famosos estão “PRK-30”, “Tancredo e Trancado”, “Piadas do Manduca” e “Balança, mas não cai”.

 

TESTEMUNHA OCULAR DA HISTÓRIA

O jornalismo também esteve sempre presente na Rádio Nacional. No início, as notícias transmitidas eram retiradas do jornal A Noite. A Divisão de3 jornalismo da emissora foi criada no início da década de 1940. A estrutura era formada por redatores, secretários de redação, repórteres e informantes. Havia também uma seção de divulgação e uma de esportes. Em 28 de agosto de 1941, foi ao ar a primeira edição do Repórter Esso. Era “O primeiro a dar as últimas”. No princípio, apenas um informativo era lido pelo locutor que estivesse na hora (Romeu Fernandes, Rubens Amaral e Celso Guimarães). Ganhou personalidade com a chegada de Heron Domingues, contratado em 1944. Foi o jornal de rádio mais famoso do Brasil. Ficou conhecido também pelo slogan “A Testemunha ocular da história”.

A Era de ouro da Rádio Nacional se estendeu até o princípio da década de 1960. As mudanças políticas que ocorreram naquela época provocaram o fim da estrutura grandiosa da emissora. Muitos profissionais e programas foram para a televisão.

Em 1971, a emissora lançou o programa “Alô Daisy!”. Considerado o primeiro programa de prestação de serviços do rádio, permaneceu no ar até 2018 e era apresentado por Daisy Lúcidi.

Além de Daisy Lúcidi, o radioator Gerdal dos Santos apresentou até 2018 os programas “Onde canta o sabiá” e Rádio memória. O funcionário mais antigo da Rádio Nacional até 2018 era Djalma de Castro, contratado em 1951.

Em 2004, a emissora foi reinaugurada, após passar por um processo de revitalização e desde 2007, faz parte da EBC – Empresa Brasil de Comunicação. Em 2014, a emissora mudou de endereço e hoje funciona no mesmo prédio da TV Brasil, na Rua Gomes Freire.

12 de setembro de 2016
Atualizado em 12 de setembro de 2020

 

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